Poemas do Mês de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

Entregue-se, entregue-se, alegremente,
À Vontade de Deus.
Não será arrebatado
Pelos fortes ventos da preocupação.


Reflexão, poema do Mês de Junho, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

13 de Maio – Sri Chinmoy, Reflexões

13 de Maio

O nosso vital ama ser amado. O nosso coração ama de modo que, também, possa ser amado. A nossa alma, apenas, ama devotada e eternamente.

Pode ser mais recetivo ao amor divino se puder sentir todos os dias, que a sua Fonte é toda Amor e que está na Terra para oferecer, constantemente, em pensamentos e em ações, o amor que já tem. Em cada momento tem vários pensamentos e, portanto, pode oferecer amor através de cada um de seus pensamentos. Sempre que fizer algo, pode sentir que as suas ações não são nada mais do que uma expressão do amor. Enquanto pensa e age, se puder sentir que está oferecendo amor à humanidade e ao resto do mundo, poderá ser mais receptivo ao amor universal. Assim, pode sentir que o divino Amor de Deus é todo seu.

É Deus, o Amante dentro de si,
Quem oferece alegria e amor ao mundo.
É Deus o Bem-amado,
Que tudo recebe
No coração-mundo.


Reflexão “13 de Maio”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

6 de Maio – Sri Chinmoy, Reflexões

6 de Maio

Obedecer à Vontade de Deus é escapar de uma prisão auto-criada.

Quando o único clamor do meu coração é agradar a Deus à maneira própria Dele, então Deus pode manifestar-Se em e através de mim. Quando o meu clamor interior me leva a Deus, eu digo Lhe: “Ó meu Bem-Amado Supremo, faça-me Seu perfeito instrumento.” Quando Deus vem a mim, Ele dá-me um amplo Sorriso – um vasto, sincero e iluminador Sorriso – e diz: “Minha criança, eu farei de si o Meu instrumento perfeito e, ao mesmo tempo, manifestar-me-ei, em e através de si.”

Com a coragem física
Sentimos orgulho
Em moldar o mundo
À nossa própria maneira.
Com a coragem do espírito
Oferecemos o mundo a Deus.
Colocamos o mundo, o nosso mundo,
Aos Pés de Deus,
De forma que Ele possa guiar e moldar
O mundo, o nosso mundo,
À Sua própria maneira.


Reflexão “6 de Maio”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

4 de Maio – Sri Chinmoy, Reflexões

4 de Maio

Ver além de mim mesmo é encontrar e sentir a minha unicidade inseparável com meu Amado Supremo.

Depois do Amor de Deus, tenho que sentir algo muito significativo e profundo: a Unicidade de Deus. O Amor de Deus não basta. Eu posso amar algo ou alguém sem ter estabelecido ali a minha unicidade, unicidade inseparável com o objeto do amor. Portanto, após sentir o Amor de Deus, eu
tenho de desenvolver a minha consciente, constante e inseparável unicidade com Ele.

Consciência é a única coisa
De que a minha mente precisa.
Devoção é a única coisa
De que o meu coração necessita.
Unicidade – constante, incessante,
Inseparável unicidade com meu Senhor Supremo –
É a única coisa de que eu preciso.


Reflexão “4 de Maio”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

3 de Maio – Sri Chinmoy, Reflexões

3 de Maio

Quer aceite ou rejeite, o Amor de Deus por si é permanente.

Depois que Deus me perdoou, concedeu-me a Sua Compaixão e banhou-me com as Suas Bençãos, tenho de sentir em cada momento o Amor de Deus. Devo sentir que, Aquele que me perdoou, mostrou-me a Sua Compaixão e abençoou-me realmente. Importa-se comigo. Serei constante e verdadeiramente feliz, apenas, se sentir que Deus, realmente, me ama. O Criador é todo amor para a Sua criação, mas a criação, frequentemente, não sente isso ou não o percebe. Sendo eu parte da criação de Deus, é meu dever sentir o Amor de Deus a cada momento. Apenas, tentarei tornar-me bom, divino e perfeito e agradá-Lo à Sua própria maneira.

A melhor atitude de um Deus-amante:
Deus cuidou de mim,
Deus cuida de mim
E Deus sempre cuidará de mim.


Reflexão “3 de Maio”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

30 de Abril – Sri Chinmoy, Reflexões

30 de Abril

Todo o buscador tem de dar ao Supremo o que tem de melhor.

A cada momento sou atacado por maus pensamentos ou inspirado por bons pensamentos. Quando for atacado por um mau pensamento, tentarei descartá-lo. Quando for inspirado por um bom pensamento, tentarei desenvolvê-lo e aumentá-lo. Ao iniciar a meditação, cedo pela manhã, se um pensamento bom vier, eu tentarei torná-lo maior. Digamos que seja um pensamento de Amor divino – não amor humano, emocional, mas sim amor divino, universal – “Eu amo a Deus, Eu amo toda a criação de Deus.” Esse pensamento pode ser expandido. Eu posso pensar no Amor como meu ideal, como minha Meta derradeira. Desta forma, se eu pensar no amor divino, amor universal, amor transcendental, identificar-me-ei com a própria Meta.


Peça à sua mente para ser
Uma criança de iluminação
E não
Um mercador de confusão.


Reflexão “30 de Abril”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

29 de Abril – Sri Chinmoy, Reflexões

29 de Abril

A ação pode ser executada sem se pedir a Sabedoria de Deus, mas, se Lhe pedirmos para nos guiar e depois agirmos, então, a responsabilidade será de Deus.

Para começar a minha jornada espiritual, eu preciso de Deus – o Perdão. Primeiro eu tenho de esvaziar-me da minha existência não divina. Todos os pensamentos e feitos não divinos que estão dentro de mim, tudo o que não é aspiração e inspiração dentro de mim, tudo isso tenho de descartar. E, para tanto, preciso do Perdão de Deus. Eu cometi erros do tamanho do Himalaia inúmeras vezes. Se Deus não me perdoar pelas coisas não-divinas que fiz ao longo dos anos, como poderei caminhar ao longo da senda espiritual, o caminho soliluminado? Somente, se Deus me perdoar poderei entrar de todo o coração na vida espiritual. Assim, para começar, eu preciso do Perdão de Deus.

Meu Senhor Amado Supremo,
Eu sou o meu deserto-desejo.
Não pode ser o Seu Rio-Perdão?


Reflexão “29 de Abril”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Radha – textos de Sri Aurobindo

RadhaRadha é a personificação do amor absoluto pelo Divino, completo e integral em todas as partes do ser, do mais altíssimo espiritual até o físico, trazendo a absoluta auto-doação e completa consagração do ser por completo e chamando ao corpo e à natureza mais material a Felicidade suprema.
Sri Aurobindo. Sri Aurobindo Birth Centenary Library in 30 Volumes. – Volume 23. – Letters on Yoga.-P.2-3

Krishna é Aquele de quem Sri Aurobindo fala aqui, o divino Flautista, isto é, o Divino universal e imanente que é o poder supremo de atração; e a alma, a personalidade psíquica, aqui chamada de Radha, é quem responde ao chamado do Flautista.
The Mother. Collected Works of the Mother.- Volume 8. – Questions And Answers (1956)

Oração da Radha

Ó Tu quem a primeira vista soube que é o Senhor do meu ser e meu Deus, receba a minha oferenda.
Teus são todos os meus pensamentos, todas as minhas emoções, todos os sentimentos do meu coração, todas as minhas sensações, todos os movimentos da minha vida, cada célula do meu corpo, cada gota do meu sangue. Sou absolutamente Tua, Tua sem reservas. O que Tu fizeres de mim, aquilo serei. O que Tu escolheres para mim – vida ou morte, felicidade ou tristeza, prazer ou sofrimento – tudo o que vier de Ti será bemvindo. Cada uma das Tuas dádivas será sempre para mim um presente divino, trazendo consigo a suprema Felicidade.

The Mother. Collected Works of the Mother.- Volume 15. – Words of the Mother

 

Toda música é apenas o som da Sua risada.
Toda beleza, o sorriso do Seu apaixonado deleite;
Nossas vidas são as batidas do Seu coração; nosso enlevo, o noivado
De Radha e Krishna; e nosso amor, o beijo deles.

Sri Aurobindo. Sri Aurobindo Birth Centenary Library in 30 Volumes. – Volume 5. – Collected Poems / Who

O desejo da alma por Deus é nesse caso lançado numa figura simbólica no ciclo de amor lírico de Radha e Krishna, a alma Natureza no homem buscando pela Alma Divina através do amor, dominado e aprisionado pela sua beleza, atraído pela sua mágica flauta, abandonando preocupações e deveres humanos em troca dessa paixão avassaladora e na cadêcia de suas fases, passando do primeiro desejo ao deleite da união, as dores da separação, o eterno anseio e reunião, o lila do amor do espírito humano por Deus.
Sri Aurobindo. Sri Aurobindo Birth Centenary Library in 30 Volumes. – Volume 14. – The Foundations of Indian culture

12 de julho: A Certeza da Paciência – meditação matinal diária

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O que é a paciência? É uma certeza interior do amor sem reservas e da orientação incondicional de Deus.

 

A paciência é uma virtude divina. Infelizmente, não estamos apenas terrivelmente, carentes dessa virtude divina mas, também, a negligenciamos totalmente. A paciência é o poder de Deus – escondido em nós – para suportar as inúmeras tempestades da vida. Se o fracasso tem forças para transformar a sua vida na própria amargura, então, a paciência tem forças para transformar a sua vida na mais doce alegria. Não se entregue ao destino após um simples fracasso. O fracasso, no máximo, precede o sucesso. Mas, uma vez que alcança sucesso, você passa a chamar-se confiança.

 

Não tenha medo de provar

A amargura do fracasso.

Seja corajoso!

A doçura do sucesso

Logo se tornará sua amiga.

 

Do livro de Sri Chinmoy, A Jornada Alma da Minha Vida – Meditações diárias para inspirar as suas manhãs em todos os dias do ano.

Primeiro ele ama Deus com o seu amor E depois ele arrebata Deus com a sua entrega. -Sri Chinmoy

Quando lida com os homens

Primeiro ele os leva

Depois ele os deixa.

 

Quando ele lida com os anjos

Primeiro ele os ignora

Depois ele os invoca.

 

Quando ele lida com Deus

Primeiro ele ama Deus com o seu amor

E depois ele arrebata Deus com a sua entrega.

-Sri Chinmoy