Poemas de amor de Mirabai

 

Mirabai – biografia

(extraído da Wikipedia sobre Mirabai)

Mirabai (1498-1547) (outras transliterações Meera; Mira; Meera Bai) foi a mais importante poetiza hindu da Índia medieval…

Seus poemas e canções, denominados bhajans fazem parte da tradição religiosa denominada bhakti, ou do amor devocional, dirigido principalmente a Krishna. Juntamente com Tukaram, Kabir, Guru Nanak, Tulsidas, Ramananda e Caitanya, Mira é considerada um dos expoentes da tradição hindu de bhakti.

Mira nasceu como uma nobre (da casta dos xátrias), no Rajastão e fazia parte de um dos mais importantes clãs locais, os Rajputs. Ela casou-se com o príncipe Bhoj Raj e se tornou a rainha de Chittor, a cidade estado tida como a mais importante de todo Rajpur.

A sua imensa devoção por Krishna a fez desposá-lo em segredo e com a morte de seu esposo ela se recusou a cometer sati. Essa atitude fez com que o regente do trono passasse a perseguir Mira, tramando por sua morte e tentando levá-la a cabo por algumas vezes.

Mira abandou a corte e passou a peregrinar pelos locais sagrados ligados à vida de Krishna, tais como Mathura, Vrindavana e Dwarka, compondo os seus poemas e cantando os seus bhajans, em grande êxtase devocional, até que por fim ela milagrosamente foi absorvida por uma deidade de Krishna em Dwarka.

Porque Mirabai não pode voltar para sua antiga casa

As cores do Escuro penetraram o corpo de Mira;

todas as outras cores desapareceram.

Amando o Escuro e pouco comendo,

isso são minhas pérolas e turmalinas.

Rosário de meditação e a marca na testa,

tais são os meus adereços e anéís.

Isso é beleza feminina suficiente para mim;

aprendi isso com meu professor.

Aprovada ou reprovada, eu louvo a Energia da Montanha

dia e noite.

Tomo o caminho que os seres humanos extasiados

tomaram por séculos.

Não roubo dinheiro e não agrido ninguém;

do que me acusarão?

Senti o balanço dos ombros do elefante;

e agora você quer que me sente num asno?

tente agir com seriedade.

Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

O colar

Ó amiga, sento-me só enquanto o mundo dorme.

No palácio que abrigou o prazer do amor dorme a abandonada.

Ela que uma vez juntou um colar de pérolas hoje tece lágrimas.

Ele me deixou. A noite passa enquanto eu conto estrelas.

Quando chegará a Hora?

Essa tristeza precisa acabar. Mira diz:

“Sustentador de Montanhas, volte.”

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

A flecha

Meu professor atirou uma flecha

Que me trespassou.

Agora a sua ausência fere o meu coração

E meu corpo inquieto.

Minha mente não vaga mais – o amor a mantém coesa.

Agora estou acorrentada.

Quem conhece a minha dor, senão ele?

Um choro indefeso, interminável.

Amigas, digam-me – o que mais posso fazer?

Mira diz ao seu Senhor: conceda-me a sua presença ou a morte.

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

Não me proíba, mãe

Não me proíba, mãe; estou indo visitar homens santos.

Conheço um com o rosto negro; eu sou dele, o resto é nada.

Onde eu vivo, todos dormem; meus olhos abertos noite adentro.

Se o mundo não admira o Senhor, ele é louco; que sabedoria possui o mundo?

O que estou dizendo? O Senhor está dentro de mim; ao invés do sono.

Algumas lagoas têm água durante quatro meses do ano; mas eu fico longe delas.

A água de Hari verte; isso é o que basta para a minha sede.

Você diz que ele é negro; eu digo belo. Estou indo ver o seu rosto.

A dor de Mira vem da separação; o que ela quiser fazer, ela fará.

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

Mira só quer se unir aos elefantes e papagaios

Ó Amado, foi prometido que todos que disserem o Nome serão salvos.

Pelo seu poder, as rochas perdem a dureza,

Derretendo como gelo virando água; a terra fica macia, cedendo.

Eu também sinto essa atração.

Não guardei mérito, sei bem o peso dos meus pecados.

Uma cortesã ensinou o papagaio a repetir o Seu nome

E foi levada ao céu de Vishnu.

Um elefante que se banhava balbuciou o Seu nome e você voou para a terra

Das costas de Garuda, correndo para ajudá-lo –

Abriram-se as mandíbulas do crocodilo.

Libertou-se também aquele elefante do renascimento; chega de úteros animais para ele.

Ajamil deu ao seu filho o Seu nome, chamando-o no leito de morte.

Você respondeu. O medo da morte desapareceu.

Todos conhecem essas histórias,

E você sabe quais seres lhe deram seus corações por completo.

Sua serva Mira faz uma pergunta:

Por que você não me salva?

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

É tudo mentira minha

Em todas as minhas vidas você esteve comigo; lembro disso durante o dia e durante a noite.

Quando você some da minha vista, fico inquieta durante o dia e durante a noite, ardendo.

Subo as colinas; busco sinais do seu retorno; meus olhos inchados de lágrimas.

O oceano da vida – isso não é real; laços de família, obrigações mundadas – isso não é real.

É a sua beleza o que me deixa embriagada.

O Senhor da Mira é a Grande Serpente Negra. Esse amor brota do solo do coração.

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

Mira, a abelha

Ó minhas amigas,

O que poderiam me ensiar sobre o Amor,

Cujos caminhos são repletos de estranheza?

Quando oferece ao Grandioso o seu amor,

Ao primeiro passo seu corpo é esmagado.

Esteja pronta para oferecer sua cabeça como assento.

Esteja pronta para orbitar sua lamparina como uma mariposa cedendo à luz,

Viver como o cervo correndo em direção ao caçador,

Como o perdiz que engole brasas por amor à lua,

Como o peixe que afastado do mar morre feliz.

Tal como a abelha presa para sempre no fechar da doce flor,

Mira ofereceu-se ao seu Senhor.

Ela diz: o Lótus solitário a engolirá viva.

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

Porque Mirabai não pode voltar para sua antiga casa – Mira

Porque Mirabai não pode voltar para sua antiga casa

 

As cores do Escuro penetraram o corpo de Mira;

todas as outras cores desapareceram.

Amando o Escuro e pouco comendo,

isso são minhas pérolas e turmalinas.

Rosário de meditação e a marca na testa,

tais são os meus adereços e anéís.

Isso é beleza feminina suficiente para mim;

aprendi isso com meu professor.

Aprovada ou reprovada, eu louvo a Energia da Montanha

dia e noite.

Tomo o caminho que os seres humanos extasiados

tomaram por séculos.

Não roubo dinheiro e não agrido ninguém;

do que me acusarão?

Senti o balanço dos ombros do elefante;

e agora você quer que me sente num asno?

tente agir com seriedade.

 

– Mirabai*

 

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

O colar – Mirabai

O colar

 

Ó amiga, sento-me só enquanto o mundo dorme.

No palácio que abrigou o prazer do amor dorme a abandonada.

Ela que uma vez juntou um colar de pérolas hoje tece lágrimas.

Ele me deixou. A noite passa enquanto eu conto estrelas.

Quando chegará a Hora?

Essa tristeza precisa acabar. Mira diz:

“Sustentador de Montanhas, volte.”

 

– Mirabai*

 

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

A flecha – Mirabai

A flecha

 

Meu professor atirou uma flecha

Que me trespassou.

Agora a sua ausência fere o meu coração

E meu corpo inquieto.

 

Minha mente não vaga mais – o amor a mantém coesa.

Agora estou acorrentada.

Quem conhece a minha dor, senão ele?

 

Um choro indefeso, interminável.

Amigas, digam-me – o que mais posso fazer?

 

Mira diz ao seu Senhor: conceda-me a sua presença ou a morte.

 

– Mirabai*

 

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

Não me proíba, mãe – Mirabai

Não me proíba, mãe

 

Não me proíba, mãe; estou indo visitar homens santos.

Conheço um com o rosto negro; eu sou dele, o resto é nada.

Onde eu vivo, todos dormem; meus olhos abertos noite adentro.

Se o mundo não admira o Senhor, ele é louco; que sabedoria possui o mundo?

O que estou dizendo? O Senhor está dentro de mim; ao invés do sono.

Algumas lagoas têm água durante quatro meses do ano; mas eu fico longe delas.

A água de Hari verte; isso é o que basta para a minha sede.

Você diz que ele é negro; eu digo belo. Estou indo ver o seu rosto.

A dor de Mira vem da separação; o que ela quiser fazer, ela fará.

 

– Mirabai*

 

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

Mira só quer se unir aos elefantes e papagaios – Mirabai

Mira só quer se unir aos elefantes e papagaios

 

Ó Amado, foi prometido que todos que disserem o Nome serão salvos.

Pelo seu poder, as rochas perdem a dureza,

Derretendo como gelo virando água; a terra fica macia, cedendo.

 

Eu também sinto essa atração.

 

Não guardei mérito, sei bem o peso dos meus pecados.

Uma cortesã ensinou o papagaio a repetir o Seu nome

E foi levada ao céu de Vishnu.

 

Um elefante que se banhava balbuciou o Seu nome e você voou para a terra

Das costas de Garuda, correndo para ajudá-lo –

Abriram-se as mandíbulas do crocodilo.

Libertou-se também aquele elefante do renascimento; chega de úteros animais para ele.

 

Ajamil deu ao seu filho o Seu nome, chamando-o no leito de morte.

Você respondeu. O medo da morte desapareceu.

 

Todos conhecem essas histórias,

E você sabe quais seres lhe deram seus corações por completo.

Sua serva Mira faz uma pergunta:

Por que você não me salva?

 

– Mirabai*

 

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

É tudo mentira minha – Mirabai

É tudo mentira minha

 

Em todas as minhas vidas você esteve comigo; lembro disso durante o dia e durante a noite.

Quando você some da minha vista, fico inquieta durante o dia e durante a noite, ardendo.

Subo as colinas; busco sinais do seu retorno; meus olhos inchados de lágrimas.

O oceano da vida – isso não é real; laços de família, obrigações mundadas – isso não é real.

É a sua beleza o que me deixa embriagada.

O Senhor da Mira é a Grande Serpente Negra. Esse amor brota do solo do coração.

 

– Mirabai*

 

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

Mira, a abelha – Mirabai

Mira, a abelha

 

Ó minhas amigas,

O que poderiam me ensiar sobre o Amor,

Cujos caminhos são repletos de estranheza?

Quando oferece ao Grandioso o seu amor,

Ao primeiro passo seu corpo é esmagado.

Esteja pronta para oferecer sua cabeça como assento.

Esteja pronta para orbitar sua lamparina como uma mariposa cedendo à luz,

Viver como o cervo correndo em direção ao caçador,

Como o perdiz que engole brasas por amor à lua,

Como o peixe que afastado do mar morre feliz.

Tal como a abelha presa para sempre no fechar da doce flor,

Mira ofereceu-se ao seu Senhor.

Ela diz: o Lótus solitário a engolirá viva.

 

 

– Mirabai*

 

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

Mirabai – biografia

(extraído da Wikipedia sobre Mirabai)

Mirabai (1498-1547) (outras transliterações Meera; Mira; Meera Bai) foi a mais importante poetiza hindu da Índia medieval…

Seus poemas e canções, denominados bhajans fazem parte da tradição religiosa denominada bhakti, ou do amor devocional, dirigido principalmente a Krishna. Juntamente com Tukaram, Kabir, Guru Nanak, Tulsidas, Ramananda e Caitanya, Mira é considerada um dos expoentes da tradição hindu de bhakti.

Mira nasceu como uma nobre (da casta dos xátrias), no Rajastão e fazia parte de um dos mais importantes clãs locais, os Rajputs. Ela casou-se com o príncipe Bhoj Raj e se tornou a rainha de Chittor, a cidade estado tida como a mais importante de todo Rajpur.

A sua imensa devoção por Krishna a fez desposá-lo em segredo e com a morte de seu esposo ela se recusou a cometer sati. Essa atitude fez com que o regente do trono passasse a perseguir Mira, tramando por sua morte e tentando levá-la a cabo por algumas vezes.

Mira abandou a corte e passou a peregrinar pelos locais sagrados ligados à vida de Krishna, tais como Mathura, Vrindavana e Dwarka, compondo os seus poemas e cantando os seus bhajans, em grande êxtase devocional, até que por fim ela milagrosamente foi absorvida por uma deidade de Krishna em Dwarka.

Poemas devocionais de Mirabai

Porque Mirabai não pode voltar para sua antiga casa

As cores do Escuro penetraram o corpo de Mira;

todas as outras cores desapareceram.

Amando o Escuro e pouco comendo,

isso são minhas pérolas e turmalinas.

Rosário de meditação e a marca na testa,

tais são os meus adereços e anéís.

Isso é beleza feminina suficiente para mim;

aprendi isso com meu professor.

Aprovada ou reprovada, eu louvo a Energia da Montanha

dia e noite.

Tomo o caminho que os seres humanos extasiados

tomaram por séculos.

Não roubo dinheiro e não agrido ninguém;

do que me acusarão?

Senti o balanço dos ombros do elefante;

e agora você quer que me sente num asno?

tente agir com seriedade.

Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

O colar

Ó amiga, sento-me só enquanto o mundo dorme.

No palácio que abrigou o prazer do amor dorme a abandonada.

Ela que uma vez juntou um colar de pérolas hoje tece lágrimas.

Ele me deixou. A noite passa enquanto eu conto estrelas.

Quando chegará a Hora?

Essa tristeza precisa acabar. Mira diz:

“Sustentador de Montanhas, volte.”

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

A flecha

Meu professor atirou uma flecha

Que me trespassou.

Agora a sua ausência fere o meu coração

E meu corpo inquieto.

Minha mente não vaga mais – o amor a mantém coesa.

Agora estou acorrentada.

Quem conhece a minha dor, senão ele?

Um choro indefeso, interminável.

Amigas, digam-me – o que mais posso fazer?

Mira diz ao seu Senhor: conceda-me a sua presença ou a morte.

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

Não me proíba, mãe

Não me proíba, mãe; estou indo visitar homens santos.

Conheço um com o rosto negro; eu sou dele, o resto é nada.

Onde eu vivo, todos dormem; meus olhos abertos noite adentro.

Se o mundo não admira o Senhor, ele é louco; que sabedoria possui o mundo?

O que estou dizendo? O Senhor está dentro de mim; ao invés do sono.

Algumas lagoas têm água durante quatro meses do ano; mas eu fico longe delas.

A água de Hari verte; isso é o que basta para a minha sede.

Você diz que ele é negro; eu digo belo. Estou indo ver o seu rosto.

A dor de Mira vem da separação; o que ela quiser fazer, ela fará.

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

Mira só quer se unir aos elefantes e papagaios

Ó Amado, foi prometido que todos que disserem o Nome serão salvos.

Pelo seu poder, as rochas perdem a dureza,

Derretendo como gelo virando água; a terra fica macia, cedendo.

Eu também sinto essa atração.

Não guardei mérito, sei bem o peso dos meus pecados.

Uma cortesã ensinou o papagaio a repetir o Seu nome

E foi levada ao céu de Vishnu.

Um elefante que se banhava balbuciou o Seu nome e você voou para a terra

Das costas de Garuda, correndo para ajudá-lo –

Abriram-se as mandíbulas do crocodilo.

Libertou-se também aquele elefante do renascimento; chega de úteros animais para ele.

Ajamil deu ao seu filho o Seu nome, chamando-o no leito de morte.

Você respondeu. O medo da morte desapareceu.

Todos conhecem essas histórias,

E você sabe quais seres lhe deram seus corações por completo.

Sua serva Mira faz uma pergunta:

Por que você não me salva?

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

É tudo mentira minha

Em todas as minhas vidas você esteve comigo; lembro disso durante o dia e durante a noite.

Quando você some da minha vista, fico inquieta durante o dia e durante a noite, ardendo.

Subo as colinas; busco sinais do seu retorno; meus olhos inchados de lágrimas.

O oceano da vida – isso não é real; laços de família, obrigações mundadas – isso não é real.

É a sua beleza o que me deixa embriagada.

O Senhor da Mira é a Grande Serpente Negra. Esse amor brota do solo do coração.

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)

 

Mira, a abelha

Ó minhas amigas,

O que poderiam me ensiar sobre o Amor,

Cujos caminhos são repletos de estranheza?

Quando oferece ao Grandioso o seu amor,

Ao primeiro passo seu corpo é esmagado.

Esteja pronta para oferecer sua cabeça como assento.

Esteja pronta para orbitar sua lamparina como uma mariposa cedendo à luz,

Viver como o cervo correndo em direção ao caçador,

Como o perdiz que engole brasas por amor à lua,

Como o peixe que afastado do mar morre feliz.

Tal como a abelha presa para sempre no fechar da doce flor,

Mira ofereceu-se ao seu Senhor.

Ela diz: o Lótus solitário a engolirá viva.

– Mirabai*

(*Mirabai – Ecstatic Poems, versions by Robert Bly e Jane Hirshfield)